Objetivo

Objetivo
Registrar o trajeto dos motociclistas Paulinho, Crespo e Guaraci entre o Rio de Janeiro (Brasil) e Ushuaia (Argentina), atravessando o Uruguai e o Chile. O início da viagem está previsto para o dia 07/01/2012 e o retorno entre os dias 04-06/02/2012, percorrendo mais de 12.000km.

Pensamento
Nada é mais forte que o coração e o companherismo de um motociclista, porque ele é forjado no calor do asfalto, no frio do vento e na àgua da chuva (autor desconhecido).

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ushuaia - dias 22 (domingo) e 23 (2a feira)

Dia 22:
Aqui no domingo não tem praticamente nada (cidade praticamente vazia) só algumas casas de turismo que abrem após as 14hs e alguns restaurantes. Fizemos passeios, a pé, pela região, fomos obter informações sobre turismo no centro de atendimento ao turista, perto do porto, e obtivemos informações sobre o passeio de barco. Depois ficamos zanzando pela rua principal onde estamos hospedados. Nada de especial aconteceu neste dia a não ser ficar "babando" o local e "curtindo" o frio de rachar.
Dia 23:
Hoje, conforme informado pelo atendente do passeio de barco, chegamos meia hora antes da partida para comprar as passagens (ele tinha dito para chegar 10 minutos antes) e não tinha mais vaga. Tentamos outra empresa, ao lado, e também não tinha vaga. Compramos a passagem para o passeio de amanhã às 09hs.
Em seguida, conforme orientações do atendimento aos turistas, fomos pegar o transporte (tipo taxi) que nos levou até o parque nacional, a 8km do centro, para pegar o Trem do Fim do Mundo. A viagem no trem demora 01:30hs e no final, quem quiser fazer caminhada segue, quem não quiser, como foi o nosso caso, voltamos no mesmo trem. Durante o passeio uma guia vai descrevendo o trajeto em inglês, espanhol e português. Nada se fala sobre a fauna e a flora, somente sobre os prisioneiros que construíram a ferrovia. Até um rio tem o nome de um prisioneiro que morreu congelado tentando escapar.
A paisagem é bonita e se vê muitos cavalos soltos no parque e não muito longe as montanhas cobertas de neve.
O trem tem um preço e a entrada no parque tem outra, mas como o trem é dentro do parque, temos que pagar as 2 entradas, mesmo que seja só para pegar o trem (nosso caso).
O mesmo motorista que nos levou ficou esperando para a volta. Solicitamos que nos deixa-se direto no museu Cárcere de Ushuaia e Presidio Militar (dentro também tinha um museu de arte), construído em 1902, onde na época só existiam instalações provisórias que não passavam de 40 casas ao leste da pequena cidade do Ushuaia.
No passado esse museu foi usado como cárcere para onde eram enviados os delinqüentes autores de graves delitos, muitos deles condenados a prisão de longa duração ou perpétua (pelos que vimos houveram tambem presos politicos que foram levados para lá). Fora do cárcere os convictos foram utilizados para trabalhar na construção de ruas, pontes, edifícios, além da exploração das florestas. Esses presos foram os que construíram em 1910 a ferrovia mais austral do mundo, que chega a ter a extensão de 25km. Hoje, ao lado do museu, está instalada uma base naval.
Depois voltamos a pé para o hotel, após um almoço, tudo na rua em que estamos hospedados.
A programação deste final de dia é ir olhar umas lojinhas (lembro que de moto não dá para levar lembracinhas), fazer um lanche e nos recolhermos para nos prepararmos para o passeio de barco de amanhã.
O frio na rua é inclemente, dentro dos estabelecimentos e do hotel, tem estufas e chega-se a se sentir calor.
Um abraço à todos que nos acompanham.