Objetivo

Objetivo
Registrar o trajeto dos motociclistas Paulinho, Crespo e Guaraci entre o Rio de Janeiro (Brasil) e Ushuaia (Argentina), atravessando o Uruguai e o Chile. O início da viagem está previsto para o dia 07/01/2012 e o retorno entre os dias 04-06/02/2012, percorrendo mais de 12.000km.

Pensamento
Nada é mais forte que o coração e o companherismo de um motociclista, porque ele é forjado no calor do asfalto, no frio do vento e na àgua da chuva (autor desconhecido).

quinta-feira, 8 de março de 2012

Fotos da viagem do RIO até o USHUAIA

Como são muitas e não dá para colocar todas, muito menos indicar onde cada uma foi tirada (somente em algumas), estamos colocando algumas fotos selecionadas durante o trajeto.
Obs.: Quando entrar no Picasa, cliquem em Viagem ao Ushuaia (demora um pouco pois tem 948 fotos).
Clique aqui para entrar no Picasa e ver as fotos
No Picasa podem ver as fotos no formato de apresentação de slides.
Se quiserem ver a outra viagem que fiz para o Atacama é só clicar sobre ela que verão as fotos (121 fotos).

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Dia 10 - Rio de Janeiro - FIM

Primeiro vamos acrescentar que aquela linda estrada que liga Passo Fundo à Curitiba, tem muitos caminhões trafegando, as vezes eles fazem um comboio com até 10, coladinhos um no outro, e para ultrapassá-los não é mole. Tem que ter muita paciência, esperar e aproveitar as oportunidades.
Em segundo vamos comentar o trajeto realizado, ontem, entre Curitiba e o Rio de Janeiro, onde andamos 889,4km (novo recorde). A turma acordou após às 7hs, pensando em fazer uma escala em São Paulo, já que o tempo estava fechado. Saímos do hotel às 09:30hs e pegamos a estrada (BR 116 - Regis Bitencourt) que ninguém gosta. No caminho colocamos gasolina, pegamos alguns momentos de chuva e sempre tocando em frente. Numa dessas paradas, resolvemos, se chegássemos em São Paulo até às 14hs/15hs, seguiríamos para o Rio. Claro que tem sempre alguém que não gosta dessas esticadas.
Como em toda manhã, o homem da mala, aperta, limpa e lubrifica a corrente da moto (imaginem se não cuidasse dela?) e na última parada, antes de entrar em São Paulo, ainda no posto, ele descobriu que havia caído o suporte e as porcas do lado direito que aperta (alinha) a roda. A adaptação ou melhor "quebra galho", levou uma hora. O mais engraçado é que ele considera que todos esses problemas, não são problema da moto. São de quem então? Já que na ida bebia óleo, quase tanto quanto a gasolina, trocou farol, quebrou raios, trocou a roda traseira 2 vezes, trocou a relação, etc...
Entramos por São Paulo e para sair perdemos mais uma hora. Oh cidadezinha complicada de transito!
Enfim, estrada novamente, só que com muita chuva, logo após passarmos o pedágio da Carvalho Pinto. Não sei por que, toda vez ue passo por lá, na volta "cai um dilúvio".
Claro que vinha gente "xiando" o tempo todo. Devíamos ter ficado em São Paulo. A policia do Rio está em greve e aquela baixada de noite é um perigo. E por aí vai. Nossa última parada foi no posto Rezendão para abastecimento e as despedidas protocolares. Afinal, mesmo amigos, após mais de um mês passando sufocos, tem sempre o me desculpe isso, me desculpe aquilo. Tudo isso faz parte. Só não rolou lágrimas, aparente, nem beijos.
Enfim cheguei em casa às 22:30hs, são e salvo (lógico o que sobrou de mim que vai para a recauchutagem).
Por conveniência, me "esqueci" de contar o batismo e o rebatismo no rípio, ainda na ida, de um dos integrantes, que não fui eu nem o homem da mala (façam um esforço para adivinhar quem foi).
Na primeira vez, foi parar a moto ao lado do homem da mala e apertou o freio dianteiro. Como diz o amigo Licio: comprou chão. E para levantar ele e a moto foi um sufoco, pois ficou "encangado" no homem da mala que não podia sair da moto para ajudar, pois estava preso e poderia cair também.
Na segunda, ia todo "serelepe", margeando a estrada quando a roda dianteira "pisou" em uma pedra solta (que tem um montão na estrada), perdeu o controle da moto e tchan, tchan, tchan... Saiu da estrada e foi rebatizado. Eu que vinha logo atras assisti tudo de camarote. Nada de grave aconteceu, a não ser ter ficado com a perna presa embaixo da moto e, se não pára um carro com 2 caras, mais eu, para ajudar a levantar a moto, ele estava lá até agora.
Em ambas as situações ele só feriu o orgulho e "pegou pavor" desse tal de rípio. Imaginem o pânico dele na volta. Motivo que comentei, em outra data, que ele queria alugar um transporte para colocar ele e a moto depois do rípio.
Entre a ida e a volta, da minha casa, rodamos 12.919km.
Mais dados, principalmente estatísticos, fotos e complementaçao de informações, assim que eu voltar do estaleiro.
Muito obrigado aos que nos apoiaram, aos que nos chamaram de malucos, aos que nos amam e se preocuparam com a gente.
E.t.: A prefeitura de Lages, ficou com saudades da nossa passagem por lá e já enviou uma cartinha, muito bonitinha, para eu pagar por excesso de velocidade. Limite 60km e eu estava na exagerada velocidade de 68 km/h. Menos 4 pontos na carteira. Espero que mais nenhuma prefeitura fique com saudades da nossa passagem.

Gosto sempre de terminar uma aventura em que eu tenha tido algum tipo de particpaçáo, parafraseando Gonçalves Dias, com o seu Y-Juca Pirama, que conta a história de um índio valente e que deu sinais de covardia, ao ser feito prisioneiro dos Timbiras, por necessidade de cuidar de um velho pai, doente e cego, onde termina contado: "... Meninos eu vi. Eu vi o brioso, cair prisioneiro no vasto terreiro, seu canto de morte jamais esqueci... E se alguém duvidava do que ele contava, tornava prudente: MENINOS EU VI".

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Dia 9 - Curitiba

Hoje saímos do hotel em Passo Fundo às 11:40hs, pois nosso amigo, "aquele de sempre", resolveu tomar vergonha, saiu cêdo e conseguiu comprar e montar pneu e câmara de ar nova. Motivo de termos saído tão tarde e só conseguimos chegar até Curitiba após rodarmos 577,2km.
A maioria do trajeto é feito por estradas boas (mão dupla) e com ótimo visual. O tempo estava nublado e bom para a pilotagem. A coisa começou a ficar feia aqui nos arredores de Curitiba, faltando uns 50km, começou a chover e a escurecer. Saímos atrás de hotel, entramos em Araucaria, sem sucesso, pois todos estavam lotados, inclusive aqui nos arredores de Curitiba.
Conseguimos, graças a Raquel, que estava procurando um outro hotel e passou na frente deste (Torres Galileu Hotel), visto por "aquele indivíduo", que rapidamente retornou e conseguimos a penúltima vaga. É bem furreco e não tem nem comida (na beira da estrada), mas no momento é um palácio. Pedimos pizza por telefone, pois ninguém vai sair daqui.
Chegamos aqui às 21:00hs.
Se me lembrar de algo mais, informo amanhã.
E.t.: amanhã, se o tempo estiver bom, tentaremos chegar ao Rio. Caso contrário, só no sábado na hora do almôço. Segurança em primeiro lugar.
Abracos à todos.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Dia 8 - Passo Fundo

Ontem, após as 22hs, o mecânico, que dirige uma moto adaptada, pois não tem o braço direito, veio avisar no hotel que a moto "daquele" cara estava pronta e ele foi lá buscar. Só fiquei sabendo hoje pela manhã, durante o café.
Oba, vamos tocar para Lages e depois de amanhã Registro e depois casa. Já estava todo feliz. Puro engano.
Hoje rodamos 454,1km e de útil só 406,0km, por quê?
Vamos ao óbvio.
Saímos do hotel às 08:50hs, completamos o tanque em um posto perto do hotel e pegamos a estrada. Após 15km, o pneu "daquele" cara murchou. Xiiiii, será que o raio que o mecânico colocou ontem furou a câmara? Voltamos ao mecânico, parando em alguns postos para encher o pneu e tocar prá frente (para não dizer para trás).
Chegando lá verificou-se que era um furo de uma tachinha do tamanho da cabeça de um alfinete. A borracha do pneu dele estava tão fina que dava para embrulhar o pneu e colocar no bolso (tão fina quanto uma bola de encher de festa), até uma guimba de cigarro aceso, furaria aquele pneu. O mecânico tinha um pneu "meia boca", muitíssimo melhor do que o "dele" e quiz dar de presente para ele, provavelmente com pena. Consertado o furo, vamos nós para a estrada de novo. Agora vamos até o fim. Lêdo engano, pois 100km depois, o pneu furou outra vez, após passarmos por um posto de gasolina, que tinha um borracheiro. Usei meu "spray" tapa-furo e voltamos ao posto (9km). Era um outro furo novinho em folha. Consertado, voltamos a estrada. Pensam que acabou? Mais 120km, adivinhem o que aconteceu? ACERTARAM. Vocês devem ser adivinhos. Isso mesmo. O pneu furou de novo. Agora tinha 2 furos de uma vez só. Esses, pelo menos foram descobertos dentro do posto de gasolina na hora de abastecer. E não é que tinha um borracheiro nos fundos!!!
Resumindo, fomos, ou melhor, estamos em Passo Fundo, (que sempre foi meu sonho de conhecer) no hotel Itatiaia, esperando o dia amanhecer para ele procurar, amanhã, um pneu e uma câmara nova para substituir aquele "troço".
Pensando bem, posso garantir que "ele" foi ao Ushuaia, porque eu vi, mas a moto que foi não é a mesma que está voltando, pois, trocou o farol, a relação (corrente, coroa e pinhão), os raios, a câmara e o pneu.
A quem nos acompanha, volto a perguntar: Será que "ele" precisava trazer a moto?
Se me lembrar de algo mais, amanhã, complemento as informações.
Abaços ã todos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Dia 07 - São Borja

Adiantando as notícias do dia, já que temos novidades agora pela manhã. Aproveitando para lembrar, também, que hoje faz um mês que partimos do Rio para essa empreitada. Se continuar "nesse pé", até dezembro, espero que deste ano, chegaremos em casa para ver o Papai Noel.
Antes de ir ao banco, tentar pagar o IPVA da moto (que não conseguiu), o Paulinho foi dar uma olhadinha na moto e constatou mais um monte se ráios quebrados na roda traseira. A moto, no momento, está em uma oficina aqui da cidade, com previsão de entrega para amanhã. Fico me perguntando: Para que ele trouxe a tal carta verde e a moto, que até agora só estão dando trabalho?
Aqui em São Borja, também, tem uma praça grande e muitos gaúchos da região vestidos a caráter pelas ruas.
Mais informações complemento ao longo do dia. Adicionados adiante às 22:32hs.
Bem, o dia terminou e as únicas novidades, adicionais, são que na rua do hotel onde estamos hospedados, tem 2 museus onde 2 ex-presidentes moraram: Getulio Vargas e Jango Goulart e ao lado da casa deste último, morou a Maria Teresa, sua mulher.
Ao lado do museu do Getulio tem a Casa do General, que é uma cafeteira muito boa e barata, com doces e salgados caseiros, além de um bom cafézinho.
Quanto a moto do Paulinho, amanhã, de manhã, ele vai na oficina ver os resultados. Espero que esteja pronta (coisa que já estou começando a duvidar), pois ainda temos 1.780km à percorrer até chegar em casa e isso vai exigir, em situação normal, mais 2 pernoites, pelo menos.
Até as novidades de amanhã, que espero sejam da viagem e não só fatos históricos da cidade em que ficamos "empacados".
Meu melhor abraço à todos.

Dia 6 - São Borja - Brasil

Hoje tivemos uma mudança de planos/rota "forçada".
Rodamos no total, hoje, 584.8km e entramos no Brasil por Uruguaiana. Por que? Tchan, tchan, tchan. Nosso roteiro original previa irmos até Puerto Iguazu e entrar no Brasil por Fóz do Iguaçu, após umas comprinhas miúdas no Paraguai.
Viagem, quase tranqüila, com excessivo calor, ainda pela Ruta 14 na Argentina. Quase chegando em Paço de Los Libres, havia uma barreira policial, que nos mandou parar para pedir os documentos de praxe. "Nosso" amigo, o homem da mala ou Caixa de Pandorra, logo se engraçou na frente, todo feliz, para mostrar a tão propalada Carta Verde, que é a primeira coisa que ele, sempre, quer mostrar a alguma autoridade, até a autoridade sanitária. Pois "ninguém" havia pedido ainda para ele (se esqueceu das propinas para as viúvas dos policiais em Buenos Aires)..... Tchan, tchan, tchan,... Adivinhem o que aconteceu (hoje é dia 6/2/2012)? A carta verde dele havia VENCIDO no dia 5/2/2012... (ontem). Então.... Teve que pagar "oficialmente", com recibo e tudo, um montão de pesos Argentinos, pois, segundo o policial, não se pode andar sem seguro no pais dele. Teve que arrumar mais um empréstimo com a gente, pois ele já estava bem leve (desculpem-me o trocadilho: sem peso), já que não tinha todos os que foram cobrados (multa).
Passamos pela aduana Argentina e cruzamos a ponte atrás da aduana brasileira, que não encontramos. Após pedirmos informações nos disseram que era do lado da aduana Argentina. Ou seja, tínhamos que voltar pela ponte. Nos nossos passaportes não tem carimbo de saída do Brasil e com o calor de rachar, resolvemos não voltar. Se de alguma forma registraram a nossa saída do Brasil, vamos ficar no estrangeiro, espiritualmente, para sempre.
Após uma pausa em um bar, ainda em Uruguaiana, para recuperar o fôlego e repôr líquidos, tocamos para São Borja (mais 170km) onde pernoitamos no Hotel Executivo (bonzinho). Demos uma geral nas motos, jantamos, fomos dormir e amanhã (como estou terminando este texto no dia 07/02), hoje, vamos sair depois das 10:30hs, pois o Paulinho quer pagar o IPVA dele no banco, já que não quer ter que pagar Reais para as viúvas da policia brasileira.
Abracos à todos.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Dia 5 - Metade do trajeto

Saimos de Buenos Aires às 07:50hs com destino a Paço de Los Libres, porém a chuva fez a gente ficar no meio do caminho, ou seja, só andamos 300km, dos 700km previstos, e estamos no hotel Carlos I que fica na cidade de Concepcion del Uruguay (tem este nome mas ainda é na Argentina). Tudo, de todos, está molhado (roupas, bagagens, etc), o quarto parece cela de presídio, com vaga para 3 presos e tem 30, de tantas cordas improvisadas com roupas penduradas. Chegamos aqui por volta dàs 15:00hs, por indicação de um motociclista da região que encontramos no posto de gasolina, onde estávamos abrigados.
Já dei 2 voltas na cidade toda (tem até uma pracinha) e segundo o rapaz aqui do hotel tem 60.000 habitantes e é industrial de pollo (galinhas). No momento estou no restaurante do hotel, enquanto a dupla dinâmica foi dar outra volta para ver se vê algum OVNI, porque aqui não tem nada.
Acabaram de chegar e estáo dizendo que a pracinha encheu.
Estamos sempre procurando eatações de serviço (postos de gasolina) e hoteis que aceitem "tarjeta" (cartão de credito), porque, como já informei anteriormente, os "efetivos" estão acabando e ainda deveremos ter mais um pernoite e mais uns 1.000km de estrada aqui na Argentina.
Amanhã, se o tempo permitir, vamos tentar passar do que seria o nosso destino de hoje.

Abraços à todos.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Dia 4 - Buenos Aires (agaín)

Hoje rodamos 703,9km, sem vento e com muito calor. O dinheiro "vivo" se chama "efetivo" e não "expensivo" como ficou registrado ontem. É que esta praga (iPad) acha que tem que ser a palavra que "ele" resolve colocar e passou desapercebido.
Para variar, no trajeto até aqui em Buenos Aires, os mesmos problemas de sempre, falta da nafta (gasolina) e onde tem, quase sempre, fila para abastecer.
Cada dia aqui, durante o trajeto é como se usa o termo: "tem-se que matar um leão". Os fins justificam os meios. Mas vai ter meios assim no raio que o parta. Horas e horas de retas. Quando não está muito frio, está muito calor. O vento, agora menos impiedoso e a maioria do tempo pelas costas, o que é bom, continua nos acompanhando.
Até Trelew calor e vento. Depois de Trelew, calor, frio e vento. Depois de Rio Gallegos, muito frio, muitíssimo vento e o rípio para quebrar o tédio e outras coisas mais, se der mole.
Ontem, antes de dormir, tivemos que "encarar" um MacDonald pois era o único lugar que aceitava "tarjeta".
Amanhã, pela manhã, vamos encarar a estrada para Paço de Los Libres.
Notícias novas amanhã.
Abraços aos que nos seguem.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Dia 3 - Bahia Blanca

Hoje rodamos só 732,5km. Tempo e estrada de Brigadeiro com pouco vento e MUITO calor. Problemas em alguns postos que não tinham nafta (gasolina) e como estamos com poucos "expensivos" (grana ou pesos vivo) estamos procurando pagar tudo com cartão de crédito (depois Papai do Céu ajuda a resolver as contas). Em um deles, o mesmo de quando fomos, esperamos 1 hora na fila para colocar combustível.
O único imprevisto triste, para mim, da viagem, foi que um pássaro, do tamanho de uma pomba, que estava com um companheiro, resolveu se suicidar, se jogando contra minhas botas. Se não estou com elas poderia ter um problema qualquer qualquer no tornozelo (a pancada foi forte).
Diferente do hotel que ficamos quando estávamos vindo, estamos agora em um hotelzinho muito bom chamado Apart Hotel Patagônia Sur, aliais até o preço é menor e tem, até, "desaiuno" (café da manhã).
Amanhã pretendemos ir para Buenos Aires.
Sei que já estão se lixando para essas informações, pois ninguém tem colocado nenhum comentario, mas sou teimoso e vou descrevendo os acontecimentos.
Abracos aos que nos seguem e os que não também.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Dia 02 - Trelew

Ontem resolvemos comprar o pacote turístico para Península Valdez, para aproveitar o dia, conforme "dica" do nosso amigo Licio que é um fiél acompanhante virtual da nossa aventura, já que a moto do homem do baú ou homem da Caixa de Pandorra, só ficaria pronta na parte da tarde.
Às 07:00hs estávamos na porta do hotel esperando o transporte para a península. Veio um senhor muito simpático que foi descrevendo o trajeto, a fauna e a flora do local, além de contar algumas de suas aventuras. Paga-se $70,00 para entrar no parque (península) que tem de extensão 100km x 400km. No caminho podemos observar muitos carneiros (aqui se chama cordeiro ou ovelha), guanacos, coelhos e alguns "zorros" que ficam passando ao nosso lado a procura de comida.
Ida e volta do hotel até a península são percorridos 550km, sendo 200km só de rípio (dentro da peninsula), que de carro, dos outros, à 120km/h é mole, embora ainda tenha gente traumatizada com esse tipo de estrada e talvez por masoquismo, fique tirando fotos do chão o tempo todo e fazendo comparações com a que já passou (sobreviveu). Fomos aos pontos onde estão os leões e lobos marinho, outros só com focas e pingüins, que são: Punta Pirâmide, passamos por Porto Pirâmide, onde tem um povoado com 100 habitantes, o único posto de gasolina, médico e policia da peninsula, Punta Delgada e Punta Norte, neste último fica a famosa Calle Valdés, onde tem um restaurante. Almoçamos cordeiro que é o prato típico da região.
Quando estávamos voltando, apos sair da peninsula, fomos levados até a cidade de Puerto Madryn que é litorânea, turística, cara e muito bonita.
Ao chegarmos fomos direto na Yamaha pegar a moto que ainda não estava pronta. Nosso problema agora são os "efetivos" (dinheiro vivo - pesos) que estão acabando e não se aceita "tarjetas" (cartões de crédito) em todos os lugares.
O pior é que houve um problema de concorrência de rede (telefone, internet, etc.) na região e cortaram os cabos de fibra ótica e os trabalhadores fizeram "piquet" para que não consertassem. Ou seja, tudo que dependia de uso dessa tecnologia, estava fora do ar (bancos, wi-fi, internet, etc.). Só foi normalizado após as 19:30hs.
Amanhã aguardem informacoes de Bahia Blanca, se houver internet, claro.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dia 1 - problemas técnicos

Saimos de Comodoro Rivadavia às 06:50hs, sem café da manhã, para "fugir" dos ventos. Realmente só tivemos ventos fortes durante alguns trechos e dava para "encarar", mas o frio esteve constantemente junto até próximo de Trelew, onde comecou a esquentar e onde estamos agora. Rodamos no total 445km. Há explicações para trajeto tão curto em tanto tempo.
No meio do caminho, avancei na frente, alguns quilômetros, sempre tentando vê-los pelo retrovisor (alguns faróis de carros as vezes nos enganam), principalmente para afastar o tédio, pois é uma reta só. Quando parei em um posto de gasolina em Garayalde, fiquei na fila, pois não tinha nafta (gasolina). Após esperar um pouco pelos outros, fui abordado por um cara que saia do posto e perguntou se eu queria nafta. Disse que não mas talvez meus amigos precisassem. Ele disse que havia visto 2 motos a uns 80km atrás. Perguntei se uma era parecida com a minha, o que ele confirmou. Imaginei que a beberrona estava completando o tanque com o galão que ele leva. Como estava demorando, resolvi ir atrás deles. Após 30km eu os vi vindo lá "depois do infinito". Fiquei esperando e quando eles passaram me fizeram um sinal de negativo, tipo os imperadores quando mandam sacrificar o gladiador vencido. Dei a volta e os segui por uns 200 metros quando observei o que me pareceu ser o pneu traseiro furado na moto do homem do baú. Paramos e saímos da estrada para o rípio. Foi constatado que haviam 8 raios quebrados na roda traseira. Como o homem do baú é prevenido, já que o baú dele parece a Caixa de Pandorra, tem de tudo, claro que tinha 2 sacos com raios que ele mesmo trocou lá, após quase 2 horas de trabalho.
Eles contaram que a demora foi motivada pelas paradas para tentar descobrir o problema e que até a corrente da moto se soltou.
Depois das trocas dos raios fomos até o posto adiante (30km) onde ele fez mais reajustes e seguimos para Trelew (a roda da moto dele estava/continuou desbalanceada).
Ao chegarmos em Trelew ele levou a moto em uma autorizada Yamaha, aqui perto do hotel, e vão fazer uma moto nova para ele (trocar raios, balancear roda, trocar relação, etc...). O serviço deverá ficar pronto amanhã às 10hs.
Neste momento estamos resolvendo as próximas etapas, pois se chegarmos em Buenos Aires, após Bahia Blanca, na 6a feira de tarde, vamos ficar mais uma vez presos lá no final de semana, esperando a concessionária BMW abrir na 2a feira. Pois é necessário a troca de óleo, alguns ajustes, como: pastilhas de freio, etc., das BMW.
Por enquanto é isso aí. Mais novidade em breve. As fotos, pelo jeito, só quando voltarmos, Por enquanto fiquem "babando", pois os locais são realmente bonitos.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dia 31 -Ventos

Saimos de Três Cerros as 07:40hs, com destino a Trelew e andamos só 294km até Comodoro Rivadavea (nem metade do caminho), onde chegamos às 14:30hs e fomos procurar hotel (sempre salvo pela Raquel - GPS), pois não conseguíamos controlar as motos devido aos ventos fortes (ele veio com tudo, acho que ficou nervosinho e com raiva, porque vencemos ele ontem também). Como a maioria do trajeto é paralelo a orla da praia e o vento sopra da terra para o mar estava impossível continuar com segurança.
Hoje posso dizer que tirei meu "brevê" de motociclista, pois até voar, saindo um pouquinho do chão, acho que voei. Se abrisse os braços para dar sinal, com certeza levantaria vôo. Ou seja, não havia controle absoluto, ou melhor quase nenhum, das motos. Eles, e me incluo no "eles", viram a coisa muito feia. Só tínhamos 3 opções: parar, parar ou cair, melhor dizendo: ser levado, com moto e tudo, pelo vento.
Segundo informações dos nativos, até dezembro, dos anos bissextos, o vento para por meia hora. Vamos ter que aproveitar esse "descanso" dele e nos mandar daqui, nesse intervalo.
Realmente aos novos aventureiros que estejam pensando em vir por essas bandas, espero que tenham casca grossa. Ir à San Pedro de Atacama é um passeio, vir ao Ushuaia é uma aventura.
Encontramos com alguns "malucos", de moto (ou o que sobrou delas), que fizeram mais de 1.000km de rípio pela ruta 40.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Dia 30 - Saída de El Calafates

Hoje passamos por todos os climas possíveis e batemos nosso "outro" recorde: rodamos 810km e chegamos em Três Cerros às 17:30hs (hotel na beira da estrada com um posto de gasolina, onde ficamos na vinda).
As 06:15hs demos partida nas motos objetivando fugir dos ventos da tarde que são terríveis e, por prudência, não dá para encarar. Em compensação o frio estava de rachar, mesmo com todo aparato contra (2a pele), o frio chegava a endurecer as mãos e os pés. Até a primeira parada, 200km após termos saído, foi um sufoco só. Tinha gente querendo parar e colocar as mãos no cano de descarga.
Foi necessário passarmos da entrada da ruta 3 e irmos até Rio Gallegos (+60km ida e volta) para enchermos os tanques das motos e mesmo lá, tinha postos sem combustível.
Paramos algumas vezes na estrada para completar os tanques e despertar do sono. Durante o trajeto foi uma briga terrível contra o vento que ora vinha de frente, ora vinha de lado e assim foi se revezando querendo nos dar uma banda, mas omo somos meninos homens, estamos ganhando.
O frio foi diminuindo à medida que chegávamos em Três Cerros. Pegamos algumas "goticulas" de chuva no caminho, não precisando nem colocar as proteções outra chuva.
Amanhã partiremos para Trelew, onde tem um hotel bem melhor que este troço em que estamos.
Ia me esquecendo: a turma está ficando sem pesos, e não é peso de carga e sim de grana, pois a maioria dos locais não aceitam "tarjeta" (cartão de crédito) e o homem do baú, no passado, colaborou com a caixinha das viúvas dos policiais argentinos, distribuindo seus pesos.
Vale ressaltar que, salvo "aquele" caso isolado, não fomos "achacados" por policiais, pelo contráio, até o momento, todos têem sido educados e solícitos.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Dia 28 e 29 - El Calafate

Dia 28:
Fizemos o tal passeio de barco pelo imenso lago formado pelo degêlo dos glaciares. É exuberante e fantástico. Um ônibus nos pega na porta do hotel as 07:15hs (só chegou as 07:50hs), sai pegando mais pessoas em outros hotéis e vai para o pôrto, onde entramos no catamarã, similar ao que utilizamos no Ushuaia para passear no canal de Beagle. O retôrno foi as 16:00hs quando o ônibus já está nos esperando para fazer o caminho de volta. Tinha gente com desejo de comer um cordeiro e fomos a um restaurante em que se pode comer à vontade o tal bicho, além das saladas. Muito bom. Resolvemos "esticar" mais um dia aqui para dar uma geral nas motos e descansar para o retorno que tem que ser bem cedinho, devido ao vento.
Teremos que voltar por Rio Gallegos, pois a ruta 40, além de ser uma estrada ruim e sem gasolina, não está sendo recomendado por ninguém (alguns dizem que esta fechada). Não vamos perder tempo tentando descobrir, mesmo fazendo o caminho mais longo.
Dia 29:
Ficamos passeando pela cidade a procura de óleo para a moto beberrona do homem da mala e óleo de corrente para minha moto (depois que vi a corrente se soltar na estrada - no Uruguai - devido ao desgaste da coroa, não vou mais facilitar).
Pela manhã, antes de sairmos, pensei ter perdido meus documentos, inclusive o passaporte e "gelei" até encontrá-lo dento da manga do casaco de chuva. Comemos uma massa e voltamos para o hotel de onde eu não pretendo mais sair (já iniciei a arrumação das tralhas na mochila).
A cidade é bem arrumadinha, tem uma rua principal com um canteiro no meio com pistas de rolamento dos 2 lados (os carros respeitam os pedestres). Muitas motos paradas nas frentes dos hoteis e a maioria do Brasil. Muitas ãrvores, bares, restaurantes, casas de câmbio, hotéis com bandeiras de diversos países, inclusive do Brasil, lojas de turismo para os glaciares, caminhadas, passeios de jipe, de cavalo e para esquiar. Não choveu nestes dias, no sol faz um calorzinho mas na sombra o frio é de rachar, tornando-se necessário até colocar luvas. Tem muitos cães grandes, com coleiras, soltos pelas ruas (todos com aspecto saudável) que nos acompanham por alguns quarteirões e depois somem.
Por hoje é só e tendo novidades implemento amanhã ou quando tiver uma oportunidades.
Mais uma vez, aos que nos seguem, um abraço.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dia 27 - El calafate

Bem, ontem o frio chegou com o vento que passou a noite toda nos vaiando, creio que porque fugimos dele. Umas cervejinhas, janta e cama, tudo dentro do hotel Leporaci em Rio Gallegos que estava quentinho.
Hoje 27, acordamos cêdo e as 7hs já estávamos montados nas motos. Completamos a gasolina, gasta inutilmente ontem, em um posto perto do hotel, e colocamos o pé, digo as motos, na estrada.
Até El Calafates, rodamos aproximadamente 300km. No caminho colocamos mais gasolina, por garantia, pois nem todos os postos por aqui tem. Na estrada o frio era cortante. As mãos, mesmo com a 2a pele, congelam e o vento hoje foi insignificante.
Chegamos em El Calafate por volta de 12hs, com calor, e aproveitamos para completar o tanque na entrada da cidade. Após procurarmos hotel, ficamos no Upsala, com as motos guardadas no terreno ao lado.
A cidade é pequena, bem turística, bonitinha e o clima varia durante o dia, de muito calor para muito frio (por enquanto). Pelo que estou sabendo dos nativos, quando o frio "pega" poderemos rebatizá-la para El Calafrio. Daqui até o Glaciar Perito Moreno são 82km e nos recomendaram ir no transporte próprio (motos), mas não estamos afim, preferimos uma agencia de turismo que ainda estamos pesquisando. Em principio nos pegam as 7hs da manhã, nos levam de onibus ate o porto (uns 40km) onde pegaremos um barco e nos pegam as 16hs para nos levar de volta a cidade. Estamos propensos a fazer o "tour" de barco, pois vê-se mais glaciares, como: Glaciar Upsala, Glaciar Barrero de Hielo e Glaciar Spegazzini, além, do Perito Moreno.
Ainda não fechamos o "pacote", pois as agencias só fecham após 20:30hs e o homem da mala resolveu fazer a cesta (está dormindo). Essa turma não agüenta o tranco.
Amanhã, se der complemento as informações, que pelo jeito não estão mais interessados.
Um abraço aos que ainda nos seguem e para os demais também.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Notícias do dia 25 e 26

Dia 25:
Saímos do Ushuaia as 07:50hs e chegamos em Rio Gallegos as 22:15hs, ou seja, percorremos 599km em 16hs e 25minutos. Há explicações:
1) paramos 2 vezes para fotos, sendo uma delas na entrada (ou saida) da cidade e outra em um mirante que passamos quando chegamos lá;
2) 4 alfândegas para serem feitas (sai da Argentina e entra no Chile, sai do Chile e entra, de novo, na Argentina);
3) pegamos a barca que atravessa o Estreito de Magalhães (20 minutos). Na volta cobraram o transporte das motos.
4) aí o bicho pega, pois teve um indivíduo que "travou" na passagem pelo ripio, não fui eu nem o homem da mala. O cara não passava de 25km/h nem que a vaca tossisse e ainda parava em todos os montinhos de areia. Antes, ainda no Ushuaia, quando lembrava que tinha que voltar por lá, estava pensando em fretar um transporte para colocá-lo, junto com a moto, do outro lado do ripio. Até que foi rápida a passagem, só levamos 5 horas para andar 140km. Acho que batemos o recorde (se alguém tem algum conhecimento no Guiness Book, favor encaminhar).
Eu acho que estou ficando masoquista ou louco pois até gostei da aventura, claro depois que acabou porque aquilo é coisa braba.
Dia 26:
Acordamos um pouco mais tarde, demos uma geral nas motos, nos fundos do hotel, e nas roupas pois estavam em petição de miséria devido ao ripio.
Saímos as 12:00hs em direção a El Calafate. Ao pararmos em um posto de gasolina (nafta) ainda perto do hotel, encontramos alguns motociclistas que tinham vindo daquelas bandas e um disse que estava ventando e o outro disse para não pegarmos a rua 9, que era nossa intenção quando saissemos de lá, pois a estrada estava ruim e não tinha gasolina, ou seja, teremos que voltar por Rio Gallegos. De Rio Gallegos até El Calafates são +- 300km. Ainda na saída da cidade, após o posto, fomos parados pela policia que estava fazendo "blitz". Foram bem simpáticos, claro que estávamos com todos os documentos em ordem e "aquele" cara que ajuda as viuvas dos policiais aqui da Artentina, não precisou colaborar desta vez. Ficou todo emocionado, após quase 7.000km poder mostrar o PID (permissão internacional para dirigir).
Andamos 24km e ameaçou uma chuvinha (foi a primeira parte da sorte - voces vão entender a seguir) e paramos em um posto da policia rodoviária. Quando terminamos o cerimonial de colocar aquelas tralhas todas e íamos saindo o policial solicitou nossos documentos após o homem da mala ir perguntar se precisava mostrar os documentos (segunda parte da sorte danada) pois um minutos depois veio uma ventania miserável (o tal vento patagonico que tanto ouvimos falar). Nao dá para descrever melhor o que e aquilo. Como todo terreno é plano, antes haviamos visto algumas poeiras no horizonte, sem saber do que se tratava.
O que aconteceu na ventania: um guarda levou uma banda do vento e se estatelou no chão na frente do homem da mala; os guardas se amontoaram na guarita, onde só deveria caber uns 4, tinha uns 8 (parecia uma sauna gay); os cones da estrada, colocados pelos guardas para sinalizar, sumiram; os carros pararam e um se refugiou atrás da guarita; nossas motos quase foram ao chão.... Fomos para atrás da guarita também e ficamos segurando as feras que estavam nervosas (acho que querendo voar). Resumo da história: ficamos de 13hs até as 16:15hs esperando melhorar, quando tomamos coragem e voltamos para o hotel onde estávamos e estamos agora. E o vento continua aqui fora dando uma vaia na gente.
Amanhá, se tudo estiver acalmada, vamos sair na madruga para El Calafates para ver o famoso glaciar.

Ushuaia - dia 24 (último dia e noite)

Hoje, fizemos o passeio de barco (catamarã bem grande) pelo canal de Beagle, com a duração de 5:30hs.
O barco pára bem próximo aos locais onde estão os leões marinhos, depois pingüins e pássaros e o Farol do Fim do Mundo, para fotos (não se desce em terra).
Vai até um ponto onde deixou um montão de pessoas que iam voltar de ônibus e retornou à mil (quicando) direto para o ponto do cais onde havíamos embarcado.
É um passeio meio sonolento e frio. Dentro do barco tem lanchonete e é aquecido, porém se sairmos para ver os bichos e/ou tirar fotos, o frio, junto com o vento, enregela a alma.
Fizemos amizade com 2 motociclistas que estavam no passeio e haviam vindo de El Calafates. Ficamos conversando em todo trajeto de volta, obviamente, pegando "dicas" do trajeto para El Calafates, de onde haviam chegado.
Foi a ultima excursão aqui na área, pois pretendemos iniciar o trajeto de volta, amanhã, pela manhã e para isso já limpamos, um pouco, a corrente das motos e amanhã, antes de sair, vamos lubrificar.
Estaremos indo para Rio Gallegos e de lá para El Calafates, onde talvez fiquemos um dia a mais para fazer as excursões nos glaciares.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ushuaia - dias 22 (domingo) e 23 (2a feira)

Dia 22:
Aqui no domingo não tem praticamente nada (cidade praticamente vazia) só algumas casas de turismo que abrem após as 14hs e alguns restaurantes. Fizemos passeios, a pé, pela região, fomos obter informações sobre turismo no centro de atendimento ao turista, perto do porto, e obtivemos informações sobre o passeio de barco. Depois ficamos zanzando pela rua principal onde estamos hospedados. Nada de especial aconteceu neste dia a não ser ficar "babando" o local e "curtindo" o frio de rachar.
Dia 23:
Hoje, conforme informado pelo atendente do passeio de barco, chegamos meia hora antes da partida para comprar as passagens (ele tinha dito para chegar 10 minutos antes) e não tinha mais vaga. Tentamos outra empresa, ao lado, e também não tinha vaga. Compramos a passagem para o passeio de amanhã às 09hs.
Em seguida, conforme orientações do atendimento aos turistas, fomos pegar o transporte (tipo taxi) que nos levou até o parque nacional, a 8km do centro, para pegar o Trem do Fim do Mundo. A viagem no trem demora 01:30hs e no final, quem quiser fazer caminhada segue, quem não quiser, como foi o nosso caso, voltamos no mesmo trem. Durante o passeio uma guia vai descrevendo o trajeto em inglês, espanhol e português. Nada se fala sobre a fauna e a flora, somente sobre os prisioneiros que construíram a ferrovia. Até um rio tem o nome de um prisioneiro que morreu congelado tentando escapar.
A paisagem é bonita e se vê muitos cavalos soltos no parque e não muito longe as montanhas cobertas de neve.
O trem tem um preço e a entrada no parque tem outra, mas como o trem é dentro do parque, temos que pagar as 2 entradas, mesmo que seja só para pegar o trem (nosso caso).
O mesmo motorista que nos levou ficou esperando para a volta. Solicitamos que nos deixa-se direto no museu Cárcere de Ushuaia e Presidio Militar (dentro também tinha um museu de arte), construído em 1902, onde na época só existiam instalações provisórias que não passavam de 40 casas ao leste da pequena cidade do Ushuaia.
No passado esse museu foi usado como cárcere para onde eram enviados os delinqüentes autores de graves delitos, muitos deles condenados a prisão de longa duração ou perpétua (pelos que vimos houveram tambem presos politicos que foram levados para lá). Fora do cárcere os convictos foram utilizados para trabalhar na construção de ruas, pontes, edifícios, além da exploração das florestas. Esses presos foram os que construíram em 1910 a ferrovia mais austral do mundo, que chega a ter a extensão de 25km. Hoje, ao lado do museu, está instalada uma base naval.
Depois voltamos a pé para o hotel, após um almoço, tudo na rua em que estamos hospedados.
A programação deste final de dia é ir olhar umas lojinhas (lembro que de moto não dá para levar lembracinhas), fazer um lanche e nos recolhermos para nos prepararmos para o passeio de barco de amanhã.
O frio na rua é inclemente, dentro dos estabelecimentos e do hotel, tem estufas e chega-se a se sentir calor.
Um abraço à todos que nos acompanham.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Dia 21 - Ushuaia

Vini, Vidi, Vinci Não sei se o latim está correto, mas é assim que me sinto, já que é uma jornada para quem é "casca grossa" e gosta do esporte de aventuras com "um pouco" de sacrifícios, não confundir com gostar de perigos. Pois tudo foi, como deve ser, planejado e, além do mais, tivemos o apoio dos nossos entes queridos, esposas, filhos e filhas, mães e pais, noras, genros e dos amigos que nos curtem e nos gostam.
Vamos as novidades.
Saímos do hotel Liporaci em Rio Gallegos as 07:45hs e às 08hs estávamos na fronteira e ficamos quase 2 horas na fila preenchendo papeis, onde em num balcão saímos da Argentina e no outro entramos no Chile. Para variar o nosso parceiro que tem um passaporte novo, não vou citar nomes, vai logo apresentando a Carta Verde, que nao é requisitada nas alfandegas. Acho que ele não quer continuar colaborando com a caixinha das viúvas dos policiais argentinos, pois os únicos "pesos" que lhe restam estão no baú. Rodamos +162,2km e chegamos na hora da balsa sair (11:30hs). Logo entramos e mais 2 carros entraram atrás e ela saiu, imediatamente, para cruzar o Estreito de Magalhães em 30 minutos. Além da bicha ser ligeirinha, não pagamos nada. Bem que procuramos saber como fazer o pagamento, sem sucesso. Um marujo disse que iríamos pagar adiante (??). Achei estranho mas tocamos em frente e ninguém nos cobrou nada. Aliáis na Argentina (salvo uma freeway que cobra U$1,00 em horario normal e U$2,00 em horário de maior trànsito) e no Chile motocicletas não pagam pedágio. Tem uma passagem, pela lateral, exclusiva para motos. Após o centro de São Paulo (Brasil) também tem algumas rodovias que motos não pagam pédagio.
Voltando ao tema principal, dai em diante o horror começou. 140km de RIPIO e me desculpem o trocadilho... ARREPIANTE. Antes de entrar nele, ainda no final do asfalto, desviamos para abastecer em Cerro Sombreiro (+10km de ida e volta até a beira do arrepiante), pois como já informei anteriormente, tem uma moto que bebe igual caminhão (não pode ver um posto que ela aderna para lá). Na cidade só tem um posto de gasolina (nafta) com uma bomba e o funcionário fecha para almoço das 12hs até as 13hs. Ficamos esperando, após uma volta pela cidade, que durou, para ver tudo, quase 5 minutos, já que chegamos lá às 12:20hs.
Já passei no ripio em Paso de Águas Negras (outro trajeto ligando o Chile a Argentina) e tirando os precipícios é, não sei como ser possível, muito pior, pois concorremos com muitos carros e caminhões indo e vindo no trajeto, muita poeira, os famosos ventos patagônicos, estrada estreita e muitas pedras soltas e após algumas escorregadas e derrapadas, passamos incólumes.
Mais adiante, ainda no rípio, temos que fazer os trâmites da fronteira, agora do Chile para a Argentina, novamente. Nesse ponto encontramos diversos motociclistas sujos como se estivessem saído de um galinheiro, diga-se de passagem, não estavamos mais bonitos do que eles (roupas, botas e motos). Um grupo estava consertando o motor de arranque de um BMW 1200. Aliais, o local mais parecia uma torre de Babel, diversos idiomas sendo falado. Tive que conversar com uns em um "bom" "portunhes" e com outros em um "bom" "portuinglês". Mas acabamos nos entendendo.
O restante da viagem já foi no asfalto. Chegamos aqui no Ushuaia as 22hs, ainda de dia aqui e ficamos mais de 1 hora procurando vaga nos hotéis (tudo cheio). Como aqui é um local turístico tem muitos hotéis. Acabamos instalados no hotel Mônaco, que havia acabado de liberar uma vaga, bem simpático em uma das ruas principais daqui.
A primeira impressão que se tem ao chegar, ainda na estrada, é que o lugar é muito bonito e se parece com a Suíça ou Noruega, que só conheço por fotos e filmes. O que confirmamos passeando aqui nas imediações do hotel, centro da cidade, hoje pela manhã. Daqui se pode ver as montanhas com gelo. O frio nas ruas mais próximas do porto é brabo, nas ruas internas ameniza um pouco.
Estamos planejando um passeio de barco, amanhã, com a duração de 05:30hs, pelo canal de Beagle, para conhecer os lugares onde vivem os pinguins, leões marinhos, o farol do fim do mundo, etc., e outro passeio, no dia seguinte, para conhecer outros pontos, como o parque nacional onde tem o Trem do Fim do Mundo.
Aqui no Ushuaia existe um Porto que tem um terminal de conteiners, aparentemente, bem movimentado, pela quantidade de caminhões que cruzamos na estrada, inclusive no rípio. Aliais, quem gosta desse troço (ripio), venha logo, pois já está em em andamento a construção de uma estrada asfaltada. Provavelmente, até o final do ano estará sendo utilizada, dando-se assim o fim desse "lindo" passeio.
Foram percorridos, da porta da minha casa, na Barra da Tijuca, até o Ushuaia, exatamente, 6.161km.
As fotos, assim que der, colocarei algumas aqui no blog.
Para os que nos acompanham, virtualmente, aguardem mais novidades sobre nossa estadia aqui e minhas impressões sobre o trajeto de volta, já que meus companheiros se rebelaram para dar suas versões por escrito.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Continuação do dia 18 e informações do dia 19 e 20

Dia 18
Por sugestão do pessoal da vigilância sanitária (no caminho - barreiras) estávamos na ruta 3, pegamos as ruta 22, Ruta 251 e novamente a Ruta 3 para chegarmos à Trelew. Chuva só um pouquinho e localizada. Rodamos 744km nesse dia.
Dia 19
Como para San Julian, vindo de Trelew, tem +-800km, e de San Julian para Rio Gallegos são +-400km, resolvemos dividir o trajeto, indo até Três Cerros e rodamos nesse primeiro percurso 671km. Ficamos em um hotel que tem um posto de gasolina na frente. Perto de lugar nenhum com coisa alguma, onde fazia muito frio e a noite se podia ver bastante estrelas, pela ausência de luz na região.
O interessante desse dia foi que começou "aquele" ventinho, onde, enquanto estava atrás dos parceiros, vi andarem de banda e desviarem de buracos imaginários, ou seja, o vento estava querendo dar uma banda neles e quase levo algumas também. Isso sem falar dos caminhões que trazem os ventos com lufadas forte e temos que nos segurar firmes para não sermos jogados das motos (quem anda na estrada sabe do que estou falando - com bastante intensidade). E o que aconteceu em seguida, o FRIO veio nos dar as boas vindas no meio da estrada e olha que deve ter vindo com a família toda, pois veio "quente" (trocadilho sem vergonha). Como estávamos com as roupas de motociclistas sem as proteções contra frio e com luvas de couro, os dedos começaram a ficar duros. Como temos uma moto no grupo que bebe igual gente grande, paramos na estrada em um canteiro de obras para colocar gasolina (tanque reserva que "ele" estava carregando) e fomos recepcionados pelo. Sr. Juan que nos tratou muito bem, nos dando café para aquecer e pediu para tirar fotos conosco. O problema de encontrar gasolina nos postos persiste.
Dia 20
Saindo de Três Cerros para Rio Gallegos, rodamos 410km e chegamos por volta das 14hs com alguns segundos de chuva, sem consequência. Ao chegarmos nos desencontramos, logo após a entrada da cidade, pois como sou o "puxador", já que conto com a Raquel (GPS) para me dar as dicas, Indiquei uma direção com a mão e eles foram em outra, ou seja, nos perdemos. Após percorrer diversos postos de gasolina entrei no Skipe e pedi para ligarem para um dos meus parceiros, já que não uso telefone para chamadas internacional. Nesta "brincadeira" ficamos quase 2hs nos procurando e no final eu estava no hotel que havia sugerido e onde estamos no momento. Quase chegando, ainda no caminho, "nosso" amigo ficou sem nafta a uns 3km do posto de gasolina. Vai beber assim no mato.
Amanha tentarei dar um tratamento melhor as notícias, pois como a internet caiu e eu perdi tudo que tinha digitado, estou reescrevendo e, se possivel, melhoro depois.
Acabou de chegar aqui no hotel 3 motociclistas, gauchos, que vieram do Ushuaia, após passarem pelo Atacama. Batemos longo papo atrás de notícias. Segundo eles o problema maior está na burocracia das alfândegas, onde se perde muito tempo preenchendo papeis.
Amanha é o grande dia. Quatro fronteiras, o Estreito de Magalhães, um pouquinho de RIPIO e brisa para refrescar.
Abracos à todos.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Dia 18 - Bahia Blanca para Trelew

O hotel de Bahia Blanca, além de caro é uma bodega. Mas quando se chega cansado em um lugar pega-se o que esta na frente, como foi o caso do Chui e o do Uruguai. A cidade é bem bonitinha. Saímos a pé por alguns quarteirões para comer uma pizza, pois no hotel não tem e nao servem nem água.
A viagem foi com um tempo muito bom, com 2 temas relevantes, 1o.: creio que estamos perdidos ou indo para o Ceará, pois vai fazer calor assim lá no mato porque aqui, até agora, o calor está brabo e 2o: não tem gasolina (nafta) na maioria dos postos.... Paramos em um monte deles e conseguimos em um, com uma fila quilométrica, onde ficamos mais de 2 horas esperando ser atendidos. Depois não podíamos ver um posto que íamos completar o tanque (lógico que entrando na fila, bem menores).
No caminho tem muitas barreiras com controle sanitário. Fomos parados em uma e dou um doce para quem descobrir de quem foi o baú que mandaram abrir? Pelo jeito todos ganharam o doce. Foi o dele mesmo. Mas não tivemos problema nenhum.
Chegamos em Trelew as 20:00hs apos rodarmos 744km e estamos em um excelente hotel chamado Libertador.
Amanhã vamos tentar alcançar Puerto San Julian (+- 800km), isso se acharmos nafta.
Se me lembrar de algo mais informo depois.
Abracos a todos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Dia 17 de Buenos Aires para Bahia Blanca

Saimos do hotel as 07:45hs em direção a Bahia Blanca pela Ruta 3. É um pouco complicado achar o inicio dessa rota e alem do mais entramos em uma Freeway e se não fosse a Raquel (voz de mulher do meu GPS que é xingada pelas meus parceiros, creio que por ciumes, pois ela deve ser muito "rodada" já que sabe onde esta cada lombada, cada sinal, rota, etc.) ainda estávamos procurando a tal Ruta. Depois para sair de B. Aires, tem um trilhão de sinais bem sincronizados, ou seja, conseguimos parar em quase todos eles. E ai foram só retas e retas.... Deu até sono. O que me acordou e me animou foi uma placa no meio do caminho indicando que para o Ushuaia, só faltava 2.740km. Já estamos quase chegando. Oba.
Hoje rodamos 692,1km. Pegamos 3 minutos de chuva, bem fraquinha. Colocamos a roupa de chuva e ela (a chuva) parou.
Tinha me esquecido de mencionar as características de arrumação das bagagens dos meus parceiros, um é rápido demais (só colocar as tralhas no baú e fica com ar de quem esta atrasado para algum compromisso), o outro tem tanta malinha pequeno que faz umas 5 viagens para carregar e outras tantas para descarregar, sem contar as paradas para equilibrar aqueles troços. Geralmente ele acorda umas 2hs antes de todos para atrasar o mínimo possível. E atrasa sempre.
Amanha nos espera um trecho mais longo, creio ser de uns 8xxkm até Trelew, já estou antevendo a chiadeira.
Fotos, vou tentar colocar quando estivermos "descansando" no Ushuaia.
Mais uma vez, meu melhor abraço ã todos.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Dia 16 - tédio puro

Hoje, mais uma vez, "ninguém" aprontou. Esta tão comportado que a estadia aqui em B. Aires começou a dar tédio. Afinal de contas o "cara" agora é internacional mesmo e ate pergunta se pode ficar andando no Brasil com o passaporte no lugar da carteira de identidade. Fizemos algum cambio, comemos umas pizzas na Calle Flórida, procuramos uma encomenda (sem sucesso) e ficamos na expectativa de ir buscar as motos na concessionária. Recebemos e-mail deles (BMW) e fomos buscar o Formigão e o Crespao que estavam na revisao e consertos (relação).
Já arrumamos as tralhas, fechamos a conta do hotel e amanha, bem cedinho, vamos para o próximo estagio (Bahia Blanca), onde realmente começa nossa viagem. Por enquanto foi passeio.
Se ficarmos sem contato, é porque não tivemos acesso a internet. Não se preocupem, logo que possível enviaremos mais notícias.
Os parceiros continuam se rebelando para postar alguma informação no blog e incluir fotos. Aproveitaram esses 5 dias aqui para dormir. Como já informei anteriormente não viajo mais com esse garotos com menos de 60 anos.
Obs. Esse novo trajeto esta previsto ser de, aproximadamente, 700km (não sei se eles vão agüentar essa puxada, sem reclamar).
Abraços à todos que estão aí cansados e com atividades perigosas, brigando com a mulher pelo direito de ter o controle remoto da tv na mão, esperando por notícias.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Notícias do dia 14 e previsões para o dia 15 (hoje)

Ontem (14/01) por incrível que pareça, "ninguém" aprontou nada. Fizemos o tour em um ônibus de turismo pelos pontos pitorescos e históricos de Buenos Aires (3 horas). No final já estávamos "batendo cabeça". Almoço na Calle Flórida (parrilla) e não gostamos, nem da comida e muito menos do garçom que era "ligeirinho" demais para suas funções e só se esforçou para ser simpático na hora da propina (gorjeta). Retornamos ao hotel e os "jovens" dormiram a tarde toda até as 21hs quando os acordei para irmos fazer um lanche do outro lado da rua. Como já disse em outras ocasiões, vivem cansados (não sei o porque e só andamos até agora 1/4 do total geral da viagem - ida e volta). Já tem gente falando em Caldas Novas e outros locais para descanso.
Inclui algumas fotos no blog (tiradas com a gopro). Não inclui as que eles tiraram com suas maquinas fotográficas, pois um não trouxe o cabo e o outro, creio que pensa, que tem que revelar as fotos, tirar copias e "colar" no blog (ambas são digitais).
Hoje (15/01) estamos programando ir até Puerto Madero, em um restaurante chamado Siga lá Vaca, onde estive a um mes atrás e gostei.
Fomos ao tal restaurante e realmente vale a pena (preco fixo U$ 120.00 com direito a uma garrafa de vinho bom ou um jarro de cerveja e sobremesa). Abre as 12hs e em 15min esta cheio.
Depois caminho de hotel, onde se deu um fato singular. O homem da mala não trouxe o cortador de unha para não ocupar espaço no baú, pode isso?
Fizemos o lanchinho da noite após uma caminhada aqui perto do hotel e berço.
Estamos na expectativa de pegar as motos hoje para prosseguir viagem amanha. No cronograma já era para estarmos a caminho de San Julian (após Bahia Blanca e Trelew).
Abracos a todos que nos acompanham.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Complemento do dia 11 e informações dos dias 12 e.13

Dia 11. Neste dia rodamos 218km. Travessia da Lagoa dos Patos (40 minutos).
O Chui e uma coisa horrorosa, parece Um antro de sacoleiros, de um lado da rua chamada Brasil e o Uruguai e do outro lado da rua chamada Uruguái e o Brasil, e mole? Passasse de um lado para outro, indo até, se quiser, ao cassino em frente, sem ser incomodado.
Constatamos que minha moto estava tendo problemas de relação (ela não esta com caso com nenhuma outra moto) e o conjunto corrente, coroa e pinhão. Ou seja, a coroa estava ficando desdentada. Após lavarmos e apertarmos a corrente, ainda no Chui (trabalho bem realizado pelo homem da mala Tabajara, que esta levando até macaco hidráulico dentro daquele baú).
Dia 12. Saimos do consulado com "aquele" individuo com o passaporte na mao, ja falando grosso, as 13hs. Rodamos 374km neste dia. Travessia do Rio da Plata (1 hora).
A entrada no Uruguai (policia e alfândega) foi, quase, tranqüila, se não fosse mais uma que ele aprontou. Resolveu tirar uma foto da policia, dentro da alfândega. Após se repreendido, teve que apagar a foto na frente do policial, e ainda teve a ousadia, de dizer que era coisa de turista bobo, pois quem já foi a New Iguaçu e San Juan de Meriti, conhece quase o mundo todo.
Seguimos viagem e passamos por Punta del Leste para eles conhecerem e verem os leoes marinho. Apos passearmos na beira do cais, unzinho deu o ar da graca para as fotos. Depois paramos na frente do hotel-cassino Conrad para algumas fotos e nosso amigo ir la dentro conhecer e pegar um cartao (ele acha que se nao for preso nessa viagem e conseguir economizar algum durante uns 5 anos podera voltar para se hospedar lá por meio-dia). No meio do caminho a corrente da minha moto soltou. Paramos em um ponto de ônibus, no meio de nada com coisa nenhuma, reapertamos a corrente e combinamos ir só até Montevideo (a uns 50km adiante) e pegar a barca para Buenos Aires. La fomos informados que não havia vaga para as motos, naquele dia e no dia seguinte e que em Colonia poderiamos pegar o Buquebus das 19hs. Tocamos para Colônia Del Sacramento (+- 200km adiante). Dai aprendi a pilotar moto igual a um cirurgião, na ponta dos dedos. Ou seja, evitando qualquer tipo de tranco, nas saídas e nas paradas, conforme orientações dos meus parceiros. Chegamos as 17:30hs e pegamos o tal Buquebus.
Mais como os coroas são o máximo, ela (coroa da moto) e eu, chegamos muito bem.
Fizemos as 2 alfândegas no terminal do Uruguai. O Buquebus, tem sala de jogos, Duty Free, cafeteria, poltronas confortáveis e leva muitos carros e motos. A travessia levou 1 hora (fomos no rápido).
Chegamos em Buenos Aires e eu me direcionei para a avenida 9 de Julho (avenida principal) e estamos em um quarto triplo bem espaçoso no hotel Internacional, bem diferente do hotel Bianca no Chui e do hotel Uruguai em San Carlos.
Ainda no Uruguai, passamos por Rocha (nao e parente meu... e nome da cidade) e nao achamos hotel. Seguimos para San Carlos, com a intenção de arrumar um hotel para descansar.... Mais uma decepção. Os hotéis sao ruins, fomos parar, por orientações, no hotel Uruguai, padrão hotel Bianca.... Horroroso.. Os 2 em um quarto e eu no outro. A garagem era um deposito de lixo, onde "aquele" nosso amigo fez a festa. A moto dele agora em uma muleta para ancora-lá quando esta parada para não tombar, devido ao peso do baú Tabajara.
Dia 13.
Pensam que acabou? Não sei se e o número do dia (13) teve alguma influencia, mas aquele indivíduo, conseguiu aprontar mais uma.
Pela manha saímos os 3 em direção a concessionária bmw para as manutenções programadas. Demos algumas voltas pelo quarteirão (que tem algumas embaixadas) de onde achávamos que era o endereço que tínhamos. Aí a "coisa" começou a acontecer. Numa dessas voltas, paramos em frente a bmw, de carros, não de motos, e fomos cercados por 6 ou 7 seguranças a paisana e armados até os dentes, que se identificaram como policiais. Explicamos que estávamos procurando a bmw de motos. Acabaram entendendo o nosso problema e foram simpáticos. Apesar de um deles aparentar estar doido para mostrar serviço, pois parecia querer "sacar" rápido... Deve ver muitos filmes de Bang-bang.
Ainda não acabou. Como todos já sabem, "aquele nosso companheiro de viagem" aprontou mais uma, pois acha que pode andar na terra dos outros como se estivesse no bairro que mora. Ou seja, não carrega todos os documentos. O que aconteceu? A policia, com 3 indivíduos, nos parou e, obvio, nos pediu a documentação. "Ele" não estava com a tal carta verde, e aí, tchan, tchan, tchan ... O veiculo ia ser recolhido ao deposito e ele ainda teria que se apresentar na delegacia e pagar as multas.
Não adiantou explicar que o documento estava no hotel... Ou seja, e de porte obrigatório para nos estrangeiros.
Ele conseguiu "agilizar" o pagamento da multa ali mesmo (pagando a metade) para ajudar na pensão das viuvas dos policiais daqui. Ou seja "ele" agora esta com menos pesos para a viagem.
Vamos ter que ficar por aqui até 3a feira, pois, talvez, nos entreguem as motos na 2a feira (Lunes) na parte da tarde... Se não, só na 4a feira seguiremos viagem para Bahia Blanca.
Hoje fomos conhecer a casa Rosada, nao vimos a Cristina, e fomos comer no Palácio de Las Papas Fritas.
Já estamos ansiosos pelo que o nosso amigo vai nos proporcionar para amanha.
Vou tentar selecionar e incluir fotos agora.
Abracos ao que nos seguem.
E.t.: todo o relato e verídico, podem acreditar.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Relato do 9/10 - preparem-se

Ontem saímos de Tavares as 11hs... Já nos perdemos na saída, pois lá tem 2 ruas. Em 50 por cento de chances... Pegamos, lógica, a errada.
Trajeto até o Chui, beleza. Estradas lindas e tempo muito bom. Mas o dia não ia terminar neste "mana". No ultimo posto, a uns 100km do Chui. Encontramos com alguns motociclistas voltando da Argentina.... Papo vai, papo vem e o assunto descambou para as documentações necessárias para se entrar nos países do Mercosul, e aí,.... Tchan.
Um indivíduo do nosso grupo, que vou me reservar o direto de não citar nomes para não comprometer ninguém. Mutissimo viajado e dono de um baú Tabajara, grande conhecedor de alguns países, como: "New Iguaçu", "San Juan de Meriti" e Praça das Nações em Bonsucesso, não tinha Passaporte e só tinha uma carteira de identidade, "nova", com cabelos na cintura e assinada pelo Pêro Vaz de Caminha. Achando que isso era o máximo.
Aí o bicho pegou... E agora? Fomos até a policia federal de Santa Vitoria e fomos informados que levaria 7 dias úteis para se fazer um passaporte novo. Qualquer pai-de-santo trás a pessoa amada em até 5 dias. Foi uma lembrança do Crespo que já usou esse artificio e não me disse se funcionou, mas passaporte nem o pai-de-santo... Acabamos sendo orientados para ir no consulado brasileiro no Uruguai (do outro lado da rua - uns 10 metros). Só que já estava fechada quando chegamos. Dormimos em um hotel (Bianca). Não existe coisa mais horrosa do que aquilo.... Não dou nem um cometa por aquele troço... E, além do mais, 3 em um cubiculo... Padrão albergue de chinês.
Hoje quando abriu o consulado, as 9hs estávamos na porta e, além de um bom tratamento, o funcionário do consulado disse que só poderia entregar, hoje mesmo, após as 13hs.... Que alivio.... Em 3hs tirou-se um passaporte que levamos 3 meses para marcar a ida a policia federal. E não foi um provisório. Foi um definitivo. Se alguém tiver uma emergência para tirar um passaporte, e só da um pulinho até aqui.
Como Papai-do-céu esta nos acompanhando, saímos do Chui as 13hs, passamos na aduana uruguaia ás 13:30hs e agora estamos aqui no restaurante de San Carlos.... Rodamos hoje 218km... Mas o cara do baú Tabajara já é um cara internacional. Pela manhã ele era um cara amarelo, depois ficou muito "macho"... E esta ficando ruim de aturar o sujeito.
Não dá tempo para falar da travessia de balsa... Espero que algum dos meus companheiros possam fazer isso....
E.t.: na balsa tinha, carros, motos, caminhões e, até, um cavalo, sem falar das galinhas.
Bem amanhã pretendemos pernoitar em Buenos Aires... Aí teremos. Mais tempo para descrever melhor os eventos e, se der, colocar fotos.
Mais uma vez, um abraçáo à quem nos segue.... Principalmente para meus filhos e minha Maria.
Até.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Relato dia 9/10 (1a parte)

Ontem rodamos 615km entre Lages e Tavares, onde estamos hospedados. Nesse "pique" chegaremos a tempo do natal. Tavares e uma cidade com +- 5.000 habitantes. Tem uma pracinha e, até, 3 padarias. Esta região é produtora de cebolas, arroz e gado.
Resolvemos, por "rebelião" consensual do grupo (esta e boa) só sair do hotel as 10:30hs para irmos até Rio Grande pegar a barca da 14:00hs para São José (20 minutos de travessia) De lá emendaremos até o Chui (lado brasileiro) ou Chuy (lado Uruguaio), onde ficaremos mais uma noite.
Não pegamos nenhuma gotinha de chuva no caminho, embora pela manhã o tempo estivesse fechado. Fizemos o roteiro por São Marcos/RS, Osório/RS, São Simão/RS e Tavares/RS onde estamos. É uma regiao bonita.
Entre Osório e Tavares é uma reta só e nessa meus parceiros tomaram os primeiros contatos com 2 situações que vão encontrar, com mais intensidade, no caminho tchan, tchan, tchan .. O meu saudoso e querido RIPIO e VENTO. O ripio foi só em alguns trechos com uns 500 metros de extensão cada um (vi nêgo rebolando na minha frente) e o ventinho quase fez o homen do baú, que tem grande experiência em carregar "coisas" grandes e pesadas na moto, andar de lado e, depois, dizer que ia pedir para parar. Talvez para esperar o ventinho passar (parece que em dezembro ele diminui) hehehe
E.t.: aqui na região tem muitas torres com hélices para que o vento transforme em energia eólica. Já viram que tem um ventinho, né?.
Resumindo: já tem nêgo colocando as barbas de molho pensando nos "ares" da Patagônia e nos 170km de ríspido do Chile. Acho que no subconsciente estão pensando porque largaram aquela atividade perigosa deles, que é ter o poder do controle remoto da tv na mão, para vir neste passeio.
Não dormi de 2a para 3a feira, pois fiquei escrevendo até 01:30hs para não levar bronca do Licio que fica esperando noticias e depois me deu cãimbra nas pernas (coisa de homem com experiência). Já passou e estou comendo banana no café da manha e já estou em forma de novo. Nas minhas próximas viagens, não vou mais trazer esses garotos com menos de 60 anos. Eles reclamam muito de cansaço e sono.
Bem, ainda estamos começando o quarto dia. Só faltam uns 26/27 para acabar e, lógico, os outros 12.xxxkm.
Se me lembrar de algo mais coloco depois. Não esqueci das fotos... Mas falta tempo para postar. Hoje teria dado, mas a rede aqui do hotel estava fora. Ainda vou ver se da tempo.
Tenho insistido para eles darem suas impressões sobre a viagem... Mas sabem como é, né? Estão cansados e sem tempo.
Abracos a todos que estão fazendo o "sacrifício" de nos acompanhar.

Complemento de Lages e notícias do dia 9/01

Detalhes não relatados anteriormente. São 3 motociclistas, 3 motos e 6 (seis) gps. Sabem qual se usou até agora? Nenhum. Um GPS preso em cada moto. Um não usa porque não consegue ver, o outro não usa para não gastar e o meu passa o tempo todo informando "recalculando" porque quando vou avisar, eles já passaram da entrada sugerida pelo GPS. A Raquel (voz de mulher que me passa as orientações), além de já estar rouca, ainda vai acabar me xingando por não seguir suas dicas.
Os outros GPS estão no meu iPad, ainda me olhando de banda, por não estarmos, ainda, nos entendendo bem, os outros 2 estão nos mini-notebooks novos que meus parceiros carregam e não ligam (acho que para não gastar). E assim vamos seguindo as rotas que achamos convenientes. O tempo todo que passamos programando rotas e conversando.... até agora não serviu de nada... Mas ainda tem muita estrada.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Segundo dia - Lages

Só para não passar em branco. Levamos quase 12hs de Registro até Lages - 600km (dava para vir e voltar umas 2 vezes). A turma não pode ver um posto de gasolina que pára para acordar e esticar as pernas (nunca vi ninguem acordar umas 4 vezes durante o dia, muito menos numa viagem... Quanto a esticar as pernas, parecem o homen borracha de tanto esticar). Igual cachorro marcando território. Pelo que me lembro foram, no mínimo, umas 10 paradas. Estrada boa, tempo bom, com uma nuvenzinha de chuva de 3 minutos no caminho (pé-d'água e pista seca logo adiante). Estamos no hotel Map aqui em Lages... Chegamos da janta agora (restaurante do próprio hotel).
Na chegada, enquanto viam o hotel, ficamos esperando no posto de gasolina em frente e eu tomei um estabaco .... Não se preocupem, eu estava parado e perdi o pé de apoio, pois nem eu nem o Formigão nos ralamos. Nem uma unhazinha quebrada. Só o orgulho ferido. Lógico que eles vão aumentar o evento, dizendo, talvez, que eu voei hehehehe... Mais uma vez, se não sou PQD e não faço um bom rolamento (neste momento agradeço "aqueles" instrutores cruéis do curso de Pqd) poderia me ralar mesmo. Como todos já sabem, da viagem anterior, aprendi tudo sobre quedas com o meu professor Sandro.... Mas espero não decepcioná-lo, pois só mostrei na pratica o que aprendi com ele desta vez, sem videotape hehehehe.
Estava tendo um encontro de motociclistas aqui em Lages (dias 6, 7 e 8 - hoje). Tinha moto pra todo lado.
Quanto as fotos, estou colocando, agora, bem atrasado. Curtam, também, a filmagem feita pelo Licio na nossa saída que estão muito boas.
Pelo programa, se não pararmos tanto para acordar e se esticar, vamos até São José Do Norte, após o Rio Grande (atravessa de balsa) depois até o Chui.
Abracos aos que nos acompanham e até a próxima reportagem.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Dia 7 - Inicio da aventura - Enfim Registro SP

Chegamos bem aqui em Registro. Após o "miolo" de São Paulo pegamos a tal da Serra do Café, que de café não tinha nada, só engarrafamento... Padrao São Paulo... Monstruoso.
Bem, pela manhã fui escoltado pelo Licio e seu amigo (a idade não me permite decorar mais de um nome ao mesmo tempo) da porta de casa até o Alemão da Dutra. Acho que ele queria ter certeza de que eu iria mesmo. Oh sujeito sem fé. Que a mulher dele não veja isso, pois quase que ele prossegue com a gente os outros 13.000km que faltam.
Fotos já temos algumas, mas devido ao cansaço e a fome, depois tento colocar aqui.
Esqueci de colocar a quilometragem. Hoje só fizemos 657km. Com um montão de paradas devido a chuva e aos glutões que estão comigo.
E.t: o Crespo só dormiu, com a moto andando, por uns 15 minutos para se recuperar da noite não dormida pela emoção da minha companhia (ele vai dizer que é pela viagem).
O sucesso do dia foi a mala (Tabajara) feita e adaptada para a moto do Paulinho. O Licio já quis encomendar umas 2 para ele.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

1º passeio (RJ x SP x RJ)

Entre os dias 06/11 e 08/11, realizamos nossa 1ª viagem de adequação do grupo, além de aproveitarmos para aquisição de materiais para a viagem ao Ushuaia. Entre a ida e a volta, foram percorridos 932,88km (dados do GPS).

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Acompanhar o trajeto

Para quem quiser ver cada trajeto, já percorrido, vá em trajetos percorridos (ao lado) e clique no trecho correspondente que deseja ver. 
Ao final retorne ao blog usando a seta (<) voltar.
Obs.:
1) É necessário ter o garmin.connect instalado no computador; 
2) As informações só estarão disponíveis quando, durante a viagem, as informações do GPS forem disponibilizadas pela internet (não é real time). 

Mapas do trajeto entre Rio x Ushuaia

Para quem quiser ver os mapas do trajeto (previsto) entre o Rio de Janeiro x Ushuaia x Rio de Janeiro (ao lado) clicar no ou trecho (Google Map ou Ruta 0). Como o Google Map não permite mapear o trajeto direto até o Ushuaia, o trajeto entre Rio Gallegos e o Ushuaia foi complementado usando o Ruta 0. Após ver os mapas (ampliar, etc.) retorne para o blog usando a seta "<" voltar.
Em Colônia Del Sacramento (Uruguai) poderemos optar por usar o Buquebus para atravessar para a Argentina (Buenos Aires).

Descrição da aventura Ushuaia


A ideia 
Ir ao Ushuaia foi sugestão de outro amigo que foi ao Atacama e em conversa com o Crespo que ficou interessado em uma viagem internacional. A ideia amadureceu e estamos realizando algumas reuniões estratégicas, além de termos feito uma viagem à São Paulo, onde, além de adequações na forma de pilotagem, aproveitamos para a aquisição de alguns materiais para a grande viagem. Nesta viagem o Paulinho se integrou ao passeio e está adequando sua agenda para que possa participar da ida ao Ushuaia em janeiro de 2012. 
Um pouco de história 
Nessa aventura iremos ao "Fim do Mundo" ou "Terra do Fogo", como é conhecida a cidade de Ushuaia, por estar localizada mais ao sul do planeta. É a cidade, habitada, mais próxima da Antártida. Em busca de divulgação, quase tudo naquela região foi batizada com esse nome: Trem do Fim do Mundo, Museu do Fim do Mundo, Correio do Fim do Mundo. Já o nome de Terra do Fogo foi dado pelos primeiros navegadores europeus que se aventuraram nessa região, que ficaram surpresos com as grandes chamas que avistavam de suas embarcações. Essas chamas não eram produzidas pelo solo da região e sim pelos índios Yámanas que foram os primeiros habitantes da ilha.
O grupo 
Composto, inicialmente, por três amigos, que são: 
Crespo, aposentado e motociclista de longos anos, com grande experiência em viagens pelo país; 
Paulinho, empresário e também motociclista, que, além da experiência em viagens pelo país, é trilheiro de fins de semana; 
Guaraci, aposentado e motociclista que já curtiu o sonho de muitos motociclistas de ir ao Atacama com outro parceiro amigo. 
As motocicletas
Crespão é uma BMW G 650 GS;
Paulão é uma Yamaha XT 660;
Formigão é uma BMW G 650 GS.